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Geral - 29/09/2016 - Estado paga R$ 810 nesta sexta-feira e promete quitar salários de setembro até 14 de outubro


Com isso, só 7,58% do quadro vão receber em dia

 

O governo gaúcho credita, nesta sexta-feira, R$ 810 para cada servidor do Poder Executivo, referentes à folha do mês de setembro. Com isso, só 7,58% do quadro vão receber em dia. É o oitavo parcelamento de salários seguido em 2016. Pelas previsões da Secretaria da Fazenda, seguem faltando R$ 719,2 milhões para pagar uma folha líquida de R$ 991,2 milhões.

 

O desembolso das demais faixas vai ocorrer de acordo com o ingresso de receitas, nos próximos dias. A expectativa da Fazenda é de que os salários estejam integralmente depositados até 14 de outubro.

 

Com o parcelamento confirmado, o governo descumpre a decisão judicial que manda pagar em dia os salários do magistério. Ela difere das demais porque abre a possibilidade de que o governador José Ivo Sartori (PMDB) seja enquadrado pela prática de crime de responsabilidade. A Procuradoria-Geral do Estado já recorreu, buscando reverter o quadro.

 

Ontem, o Cpers Sindicato, que representa os professores, iniciou uma consulta à categoria, pela Internet, questionando se o magistério quer ou não o encaminhamento de um pedido de impeachment de Sartori com base no descumprimento da decisão anterior.

 

A consulta vai ficar no site do sindicato pelas próximas duas semanas. A presidente do Cpers, Helenir Schürer, projeta que a categoria concorde com um pedido de impedimento. ”Depois de oito meses vendo os juros comendo o salários dos professores por conta do parcelamento, a indignação é muito grande dentro da nossa categoria. Acho que a tendência é que se opte por ingressarmos com esse pedido (de impeachment)”, sustenta. O texto já foi redigido pelo setor jurídico do Cpers e vai ser protocolado na Assembleia Legislativa, caso a consulta assim defina.

 

No ano passado, um pedido de impeachment de Sartori foi arquivado na Assembleia Legislativa. A advogada autora da reivindicação recorreu ao Tribunal de Justiça mas, conforme o procurador da Assembleia, Fernando Ferrari, o Pleno do TJ desistiu de levar a questão adiante argumentando que o pedido não era suficientemente embasado.

 

 

 

Fonte:Rádio Guaíba

Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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