Juiz Marcos Luís Agostini não acolheu pedidos de advogado de Jussara Uglione
A Justiça de Três Passos entendeu que não surgiram novas provas indicando que Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo Uglione Boldrini, foi assassinada, e negou o pedido do advogado da família materna do garoto, que solicitou a reabertura do inquérito policial.
Em 2010, Odilaine cometeu suicídio no consultório do médico Leandro Boldrini, pai de Bernardo. A defesa dela alegou que havia falhas na investigação da morte, e pediu uma nova apuração.
"Acolho a promoção do Ministério Público e indefiro o pedido de desarquivamento do presente inquérito policial, com fundamento no artigo 18 do Código de Processo Penal", afirmou o juiz Marcos Luís Agostini no despacho.
O artigo estabelece que para desarquivar um inquérito, são necessários fatos novos que justifiquem o pedido. No despacho, o juiz concluiu que as alegações do advogado Marlon Taborda não são suficientes.
– Na teoria, é uma decisão irrecorrível, mas estamos analisando se tomaremos alguma atitude. A Jussara não tem mais interesse. Porém, eu imaginava que havia possibilidade. Verifico que há desinteresse das instituições em apurar a verdade real dos acontecidos – diz Taborda.
De acordo com ele, entre as principais falhas do inquérito conduzido em 2010 estão:
- divergências quanto ao exato local da lesão no crânio de Odilaine;
- existência de lesões no antebraço direito e lábio inferior da vítima;
- lesões em Leandro Boldrini;
- vestígios de pólvora na mão esquerda da vítima, que era destra;
- ausência de exame pericial em Boldrini;
- assinatura fraudada em uma carta deixada pela mãe de Bernardo e a própria morte do garoto, que configuraria um fato novo.
Fonte: ZH
Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
Tweet |