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Agricultura - 22/10/2014 - Demissões na John Deere de Horizontina são efetivadas


Os 30 trabalhadores desligados em contratos temporários receberão R$ 1,4 mil e o mesmo benefício de saúde

Depois de serem suspensas temporariamente pela Justiça, as 167 demissões na fábrica de colheitadeiras e plantadeiras da John Deere, em Horizontina, serão efetivadas. Os desligamentos foram confirmados nesta quarta-feira após a empresa e representantes dos trabalhadores negociarem indenizações e chegarem a um acordo em audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Porto Alegre.

 

Desde o último dia 10, quando a Justiça suspendeu as demissões anunciadas no começo do mês, as partes buscavam um entendimento de como minimizar o impacto das demissões colocadas como irreversíveis pela fabricante _ devido à “volatilidade do mercado brasileiro”. Pelo acordo, alcançado com a mediação da desembargadora Ana Luiza Kruse, vice-presidente do TRT da 4ª Região, 137 trabalhadores serão compensados com indenização de R$ 3 mil e mais 4 meses de plano de saúde. Os 30 trabalhadores desligados em contratos temporários receberão R$ 1,4 mil e o mesmo benefício de saúde.

 

_ Poderíamos ter alcançado benefícios maiores para compensar o impacto social dessas demissões em massa. Mas levando em conta que no começo não havia nenhuma contrapartida, avançamos bastante _ avaliou Irineu Schöninger, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânica e de Material Elétrico de Horizontina.

 

Pelo acordo, a manutenção dos postos será reconsiderada apenas para os trabalhadores com eventuais doenças ocupacionais _ que representam de 15 a 20 pessoas, conforme o sindicato. A relação desses funcionários será encaminhada à empresa até o começo da próxima semana. A resposta será dada pela fabricante até 10 de novembro.

 

Em nota, a John Deere afirmou que nesta e em todas negociações “sempre teve como prática conduzir seus processos de forma ética e transparente, principalmente no que se refere à negociação de alternativas trabalhistas com os próprios funcionários, sindicatos e entidades de classe”.

 

Fonte: Blog da Supersafra

 

 

Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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