Agricultores estão em frente ao portão da empresa desde a madrugada da última quinta
O protesto de agricultores de Crissiumal e região, com apoio de forças sindicais da região, que tranca o portão de acesso da LBR de Crissiumal, já ultrapassa 100 horas (4 dias).
A manifestação de produtores de leite descontentes com atraso nos pagamentos iniciou na madrugada de quinta-feira e desde então não é descarregado nem carregado leite no local.
É o 5º manifesto desde agosto, quando a empresa começou a atrasar e parcelar os pagamentos. Com a situação, os transportadores de leite da empresa estão sendo obrigados a descarregar o produto em outro posto da LBR na região.
Diversas ofertas de negociação foram feitas entre as partes desde a quinta-feira, porém, nenhuma agradou os manifestantes, que desde sábado sustentam que o portão da empresa será liberado apenas com o pagamento de 100% dos valores que devem ser recebidos pelos produtores. A empresa acena com pagamento parcial. Os produtores se revezam no local e deverão continuar o manifesto.
Informações obtidas pela reportagem do Guia Crissiumal relatam uma das ofertas feitas pela empresa, que pagaria da seguinte forma:
- O valor total dos produtores com menor quantidade, com valor a receber de menos de 3 mil reais, foi depositado no dia 16.
- 30% do valor dos produtores ativos com mais de 3 mil reais a receber seria depositado no dia 16.
- 35% do saldo dos produtores ativos com mais de 3 mil reais a receber seria depositado em 24 de outubro.
- Outros 35% do saldo dos produtores ativos com mais de 3 mil reais a receber seria depositado em 30 de outubro.
Segundo o Jornal do Comércio, a Promilk, de Estrela, também aguarda o recebimento de R$ 6 milhões da LBR, para quem revendeu o leite recolhido nas propriedades rurais, para, então, repassar o dinheiro aos produtores. A LBR teve seu plano de recuperação judicial aprovado no último dia 9 de outubro, o que lhe dá garantias para tentar reverter sua situação financeira.
Produtores da Promilk também estão sem receber em toda a região.
Postado: Clécio Marcos Bender Ruver
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